sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Fique Ligado e Participe!


Mais uma novidade que estamos lançando para quem gosta de aproveitar as oportunidades que a vida e o Centro Social Marista oferecem. A partir de agora, você que sempre quis participar de algum momento de formação promovido pelo Centro Social Marista mas, por algum motivo não teve oportunidade, agora estamos disponibilizando um "CURSO DE FORMAÇÃO HUMANA POR CORRESPONDÊNCIA", sem sair de casa você pode participar de momentos de formação e estar em contato com a equipe do Vida Feliz.
Para participar é muito simples, basta você encaminhar um email para o sequinte endereço:

cursovocacional@marista.org.br


Aí é só aguardar, dentro de poucos dias você receberá um e-mail com um anexo - carta de formação. Basta ler, refletir e escrever sua opinião nos espaços destinados a isso. Em seguida encaminhe suas respostas por e-mail, para o mesmo endereço acima e PRONTO, você já iniciou seu Curso de Formação.
O Curso é composto de 16 cartas com temas que interessam a juventude e que são importantes para refletirmos sobre diversos aspectos de nossa vida. No final do curso você receberá um certificado de conclusão.
É a oportunidade que faltava para você que gostou do encontro que teve com a equipe do Vida Feliz em sua escola aprofundar um pouco mais alguns assuntos que vão acresentar muito em sua vida.

Aproveite essa oportunidade e entre já em contato. Estamos esperando seu e-mail.


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

ALÔ GALERA DO JOVOMA...


Alô galera que tá esperta, dias 17 E 18 de outubro, próximo final de semana, aqui no Centro Social Marista estaremos realizando mais um "JOVOMA" com todos os educandos que demonstrarem interesse no encontro do Programa Vida Feliz.
Venha e participe você também. Traga muita alegria, disposição e curiosidade para aproveitar bem essa oportunidade.
O encontro vai começar às 10h00 e vai até às 14h00 do domingo. Ligue para nós ((49) 3322-2549) e confirme sua presença. Estamos te esperando.

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PROJETO LIDERANÇA JUVENIL TEM REPRESENTANTE NA VIII CONFERÊNCIA ESTADUAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE



Nos dias 21, 22 e 23 de outubro, acontecerá, em Florianópolis, a VIII Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente. Nesta ocasião, a adolescente Dauana Zardo, educanda do Projeto Liderança Juvenil desenvolvido pelo Centro Social Marista Chapecó, será uma das representantes da regional.

Para nós, educadores do Centro, isto é motivo de orgulho pois percebemos que nosso trabalho está produzindo frutos. À Dauana, desejamos uma boa viagem e uma ótima participação no evento.

Para maiores informações, acesse: http://www.sst.sc.gov.br/arquivos/cedca/VIII_CONFERENCIA_NACIONAL_DOS_DIREITOS_DA_CRIANCA_SUELI.ppt#256,1,VIII CONFERÊNCIA NACIONAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE/2009


domingo, 4 de outubro de 2009

"FAÇA O QUE FALO MAS NÃO FAÇA O QUE FAÇO"

Seus Valores condizem com suas atitudes? Se você ainda não se questionou sobre isso, leia o texto abaixo e depois faça essa pergunta a você mesmo.
Valores e atitudes foram temas de uma pesquisa realizada pelo portal Educacional, cujo resultado apontou que a maneira como o jovem se enxerga é bem diferente de seu comportamento habitual. Segundo o levantamento, apesar de 86% dos jovens não se considerarem violentos ou agressivos, 50% confessaram já ter batido em alguém e 94% terem xingado uma pessoa. Mais de 82% dos jovens não se consideram preconceituosos, mas 25% acham que ter um ou outro preconceito é inevitável.

"Percebemos que esses jovens apresentam uma certa tolerância em relação a alguns comportamentos, quando o que idealizam de si é totalmente diferente. O que dizem esses jovens é um reflexo da sociedade em geral. Com certeza eles não estão sozinhos nisso", acredita a coordenadora da pesquisa do portal Educacional, Betina Von Staa, lembrando que o levantamento foi realizado com 6.500 alunos, de 54 escolas particulares, em 17 estados brasileiros.
Para Staa, os dados sobre violência e preconceito são os que apontam maior discrepância. Afinal, mais de 80% dos jovens considera a violência um grande problema para o Brasil embora 50% deles já tenham batido em alguém. O fato de 40% deles terem sido vítimas de preconceito, não os motivam a terem atitudes contrárias. Para 50% deles, essa atitude só trás problemas para o país, mas 26% se incomodariam em ter vizinhos gays e quase 40% não gostariam ou se afastariam do melhor amigo caso ele se declarasse homossexual.
"Acredito que os jovens precisam rever seus conceitos, principalmente sobre violência. Será que, se por estar irritado, tem o direito de bater em alguém?," questiona Staa. "O mais interessante é que eles têm visão otimista do futuro, mas não enxergam que um futuro melhor só depende das atitudes deles mesmos".
Os jovens só prezam a honestidade se ela não interfere em seus interesses pessoais. Mais de 90% deles se consideram honestos, porém 42% passariam por cima de princípios para atingir seu objetivo. Por exemplo: 29% não devolveriam uma carteira achada na rua; 35% não devolveriam troco que recebesse a mais e 64%, mesmo declarando que por princípios não comprariam ingressos de cambistas, negociaram a compra no caso de um evento imperdível.
"O mais incrível é que para 30% dos jovens a honestidade é o item que mais influenciaria na escolha de seus candidatos nas eleições. Socialmente é difícil ter atitudes condizentes com valores, principalmente porque o jovem não entende e não assume seu papel de protagonista", acredita a pesquisadora.
Staa esclarece que os resultados da pesquisa não devem servir como acusação contra os jovens, mas sim para que possam refletir sobre suas atitudes. "Mais do que se chocar, o levantamento é um instrumento poderoso que pretende colocar o jovem para pensar e fazer a diferença," recomenda.
Karina Costa
"Fonte: aprendiz.uol.com.br"


Gostou da leitura? Então faça um comentário e dê sua opinião sobre o assunto. Valeu!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

ENSINAR A ALEGRIA


Educar é um gesto
de imortalidade.
De alguma forma
continuamos a viver
naqueles cujos olhos
aprenderam a ver o mundo
pela magia da nossa palavra.
O professor, assim, não morre
jamais...

Rubem Alves



Muito se tem falado sobre o sofrimento dos professores.
Eu, que ando sempre na direção oposta, e acredito que a verdade se encontra no avesso das coisas, quero falar sobre o contrário: a alegria de ser professor, pois o sofrimento de se ser um professor é semelhante ao sofrimento das dores de parto: a mãe o aceita e logo dele se esquece, pela alegria de dar à luz um filho.

Reli, faz poucos dias, o livro de Hermann Hesse, O Jogo das Contas de Vidro. Bem ao final, à guisa de conclusão e resumo da estória, está este poeminha de Rückert:

Nossos dias são preciosos
mas com alegria os vemos passando
se no seu lugar encontramos
uma coisa mais preciosa crescendo:
uma planta rara e exótica,
deleite de um coração jardineiro,
uma criança que estamos ensinando,
um livrinho que estamos escrevendo.


Este poema fala de uma estranha alegria, a alegria que se tem diante da coisa triste que é ver os preciosos dias passando... A alegria está no jardim que se planta, na criança que se ensina, no livrinho que se escreve. Senti que eu mesmo poderia ter escrito essas palavras, pois sou jardineiro, sou professor e escrevo livrinhos. Imagino que o poeta jamais pensaria em se aposentar. Pois quem deseja se aposentar daquilo que lhe traz alegria? Da alegria não se aposenta... Algumas páginas antes o herói da estória havia declarado que, ao final de sua longa caminhada pelas coisas mais altas do espírito, dentre as quais se destacava a familiaridade com a sublime beleza da música e da literatura, descobria que ensinar era algo que lhe dava prazer igual, e que o prazer era tanto maior quanto mais jovens e mais livres das deformações da deseducação fossem os estudantes.
Ao ler o texto de Hesse tive a impressão de que ele estava simplesmente repetindo um tema que se encontra em Nietzsche. O que é bem provável. Fui procurar e encontrei o lugar onde o filósofo (escrevo esta palavra com um pedido de perdão aos filósofos acadêmicos, que nunca o considerariam como tal, porque ele é poeta demais, “tolo” demais...) diz que “a felicidade mais alta é a felicidade da razão, que encontra sua expressão suprema na obra do artista. Pois que coisa mais deliciosa haverá que tornar sensível a beleza? Mas “esta felicidade suprema,” ele acrescenta, “é ultrapassada na felicidade de gerar um filho ou de educar uma pessoa.”
Passei então ao prólogo de Zaratustra.
Quando Zaratustra tinha 30 anos de idade deixou a sua casa e o lago de sua casa e subiu para as montanhas. Ali ele gozou do seu espírito e da sua solidão, e por dez anos não se cansou. Mas, por fim, uma mudança veio ao seu coração e, numa manhã, levantou-se de madrugada, colocou-se diante do sol, e assim lhe falou: Tu, grande estrela, que seria de tua felicidade se não houvesse aqueles para quem brilhas? Por dez anos tu vieste à minha caverna: tu te terias cansado de tua luz e de tua jornada, se eu, minha águia e minha serpente não estivéssemos à tua espera. Mas a cada manhã te esperávamos e tomávamos de ti o teu transbordamento, e te bendizíamos por isso.
Eis que estou cansado na minha sabedoria, como unia abelha que ajuntou muito mel; tenho necessidade de mãos estendidas que a recebam. Mas, para isso, eu tenho de descer às profundezas, como tu o fazes na noite e mergulhas no mar... Como tu, eu também devo descer...
Abençoa, pois, a taça que deseja esvaziar-se de novo...
Assim se inicia a saga de Zaratustra, com uma meditação sobre a felicidade. A felicidade começa na solidão: uma taça que se deixa encher com a alegria que transborda do sol. Mas vem o tempo quando a taça se enche. Ela não mais pode conter aquilo que recebe. Deseja transbordar. Acontece assim com a abelha que não mais consegue segurar em si o mel que ajuntou; acontece com o seio, turgido de leite, que precisa da boca da criança que o esvazie. A felicidade solitária é dolorosa. Zaratustra percebe então que sua alma passa por uma metamorfose. Chegou a hora de uma alegria maior: a de compartilhar com os homens a felicidade que nele mora. Seus olhos procuram mãos estendidas que possam receber a sua riqueza. Zaratustra, o sábio, se transforma em mestre. Pois ser mestre e isso: ensinar a felicidade.
“Ah!”, retrucarão os professores, “a felicidade não é a disciplina que ensino. Ensino ciências, ensino literatura, ensino história, ensino matemática...” Mas será que vocês não percebem que essas coisas que se chamam “disciplinam’’, e que vocês devem ensinar, nada mais são que taças multiformes coloridas, que devem estar cheias de alegria?
Pois o que vocês ensinam não e um deleite para a alma? Se não fosse, vocês não deveriam ensinar. E se é, então é preciso que aqueles que recebem, os seus alunos, sintam prazer igual ao que vocês sentem. Se isso não acontecer, vocês terão fracassado na sua missão, como a cozinheira que queria oferecer prazer, mas a comida saiu salgada e queimada...
O mestre nasce da exuberância da felicidade. E, por isso mesmo, quando perguntados sobre a sua profissão, os professores deveriam ter coragem para dar a absurda resposta: “Sou um pastor da alegria...” Mas, e claro, somente os seus alunos poderão atestar da verdade da sua declaração...
RUBEM ALVES

ALVES, Rubem. A alegria de ensinar. São Paulo, ARS Poética.3ª edição.1994.